O pátio da Paróquia São Pedro Pescador, no Bairro Industrial, Zona Norte de Aracaju, serviu como cenário para a Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe (CAASE) repassar à Pastoral do Povo da Rua, da Arquidiocese de Aracaju, as doações da Campanha do Agasalho ‘Inverno Solidário’, que teve como foco a população em situação de rua da capital.A presidente da CAASE, Hermosa França, e a assistente social, Anair Vianna, foram recebidas pelo coordenador da pastoral, Marcos Carvalho, que apresentou o espaço onde os moradores em situação costumavam ser recebidos, antes da pandemia, e atualmente funciona o bazar beneficente.

“O trabalho de inclusão feito pela pastoral é muito lindo e só reforça a necessidade de contribuirmos com a diminuição da invisibilidade social dessas pessoas que vivem nas ruas das nossas cidades. Nós da CAASE, através da contribuição dos nossos colegas advogados, ESA , OAB/SE e dos  Procuradores do Estado de Sergipe - por meio da APESE - sentimos a necessidade de fazer algo para essas pessoas que precisam do nosso apoio”, observou Hermosa França.

Durante os dias 22 de julho e 23 de agosto, a Caixa de Assistência conseguiu arrecadar mais de 150 cobertores, roupas e agasalhos deixados nos pontos de coletas da campanha. “Que Deus possa abençoar imensamente todos vocês que estenderam as mãos para essas pessoas que precisam tanto de ajuda. Esses cobertores ajudaram a enfrentar as madrugadas frias”, destacou o coordenador.

Uma das maiores doações veio da Associação dos Procuradoria do Estado de Sergipe (APESE), que repassou mais de 60 cobertores. “Os Procuradores do Estado associados da APESE têm consciência do papel junto a sociedade e da importância de poder ajudar os mais necessitados. Assim, ficamos muito felizes em contribuir minimamente com o bem estar social proporcionado por campanhas como essa”, disse o presidente da APESE, Marcus Barros.

Durante a visita, a equipe conheceu o ex-morador em situação de rua, Oliveiros José Maranhão, de 64 anos, um dos beneficiados nesta ação. O alagoano viveu um ano nas ruas e desde fevereiro recebe o apoio da pastoral, que atualmente paga o aluguel de uma casa. Em troca, ela fez serviços comunitários na instituição religiosa.

Enquanto vivia nas ruas, Oliveiros conta que passou a viver na invisibilidade social. As formações em Física pela Universidade Federal de Alagoas (1980) e a de Bacharel em Direito pela Cesmac (1998), além dos 20 anos de funcionalismo público no estado de Alagoas ficaram para trás.